sexta-feira, 23 de julho de 2010

As Sombras da Vida

As sombras de um sonho e um pesadelo com nome de vida
As sombras que a sociedade projeta sobre mim
Despertam-me e me assustam
Sentadas em volta da minha cama, prontas para me sufocar,
Tentando tatuar seus nomes em minha mente.

As pessoas tentam me enquadrar
Esperam que eu seja uma peça em seus jogos,
Mas de um simples peão, com um tom zombeteiro e arrogante,
Passo a ser jogador,
E da minha cama parte a primeira sombra.

A escuridão me atormenta
Pedindo que eu faça silêncio para as injustiças de seus senhores
Mas tendo conquistado o jogo, porque não a escuridão?
Abro os olhos dos que posso
E tiro do mundo a sombra do silêncio, que impede as revoluções

Sobram a minha volta 4 sombras
Que a sociedade pensa conhecer, manipular
Todas prontas para nos apunhalar,
Sombras que não hesitam em trapacear
Loucas para ver você cair, paa poder rir da sua desgraça

O ódio que incendeia seu coração, é a primeira e fria sombra
Ele espera que você guarde rancor do mundo
Que você pare, que ache que tudo é errado e imutável
Ele te corrói aos poucos
E a sua única arma é tentar entender,
Que nem em todas se pode vencer.

A desesperança transforma sonhos em pesadelos
Faz com que fiquemos parados, achando que pelo fato de outros não terem conseguido
Não conseguiremos pela vida passar
Então, se paramos, as conquistas por trás dos nossos sonhos se vão.
Mas há esperaça no coração dos vencedores, e isso, essa sombra não os pode tirar.

A penúltima sombra não possui nome e nem forma,
Ela pode ser as muitas ilusões que criamos
E pode ser o fracasso que odiamos ter de sofrer
É o resultado de todas as outras sombras
E é preciso simplesmente chorar para impedi-la de interceder em nosso mundo.

Mas ainda há um sombra;
O medo, que causa todas as dores
O medo de viver, de conhecer
De saber, de arriscar
De dizer, de perder
De amar, de fazer
O medo que nos impede de ser feliz
Pois nos prende no âmbar do tempo

O medo, depende apenas de nós para ser vencido
Temos de encará-lo, de vivenciá-lo
Temos que usar todas as outras vitórias
Dos prêmios das lutas contra as outras sombras
E assim encarar o último inimigo.

Após vencer as seis sombras que destroem o mundo
Vejo na minha cama um ser encapuzado
Não é ruim, mas também não é bom
Levanto-me e cumprimento-o, mas não pode ele me levar
Pois depois de todas as sombras enfrentar se aprende:
O último inimigo que há de ser aniquilado é a morte
Que jamais irá nos tocar
Se com força e vontadade soubermos perseverar
Vencer e ensinar a amar
Todas as sombras que vierem nos visitar


Poesia feita e lida no Corujão da Poesia, no Rio de Janeiro, na terça feira dia 20/07/2010

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