quarta-feira, 28 de julho de 2010

As Faces do Herói (Prólogo)

       A morte, os mitos, os monstros, o divino e o sobrenatural sempre foram parte de algo incerto na mente humana. Contudo, as histórias foram sempre contadas e nelas, houve sempre alguém que enfrentava aquilo que era desconhecido, aquilo que assutava e que assombrava as pessoas. Em todas as histórias, em todas as culturas, em todos os tempos, houve alguém que lutou pelo povo, que enfrentou o inexplicável ou que salvou a todos de um perigo eminente. Os heróis, sempre fizeram as pessoas se sentirem capazes de enfrentar o desconhecido, de vencer o inesperado e de alcançar seus sonhos. Porém, a coisa que mais aproxima os verdadeiros heróis das pessoas, são o fato de que eles amam, temem, perdem e acima de tudo; erram.   
        Na história de Janus, todos os traços humanos, todos os sentimentos bons e ruins que nós seres humanos podemos ter, Janus possui. Janus não é um herói perfeito, puro, não é o comum herói retratado nos romances adolescentes. Janus é como todos os nós e o que o fez herói foi ter sempre fé em seus sonhos. Janus com todos os seus erros e problemas, faz parte de uma história bonita e cheia de altos e baixos que terminam em sua morte. Sua vida, trasmite a todos o sentimento de confiança e de encontrar a felicidade, mesmo com todas as imperfeições e passando por todas as dificuldades.
    

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Cartas ao Caminhante

A vida é um misterioso caminho
Que acontece num grão de poeira que chamamos de Terra.

Carregado de sabedorias
Que enchem minha poesia de vida
Que adentram os teatros, os museus e os livros,
Mas o caminho povoa também as ruas da cidade,
enche de paz os mendigos e os ricos
E nos conduz ao amor, ao ódio, ao pecado e a paixão.

Cada viajante, perdido na escuridão da vida,
Lembra-se daqueles que muito caminharam.

Encontra pesadelos e senhos,
Lágrimas e o sorrisos
Mochilas pesadas, recheadas de pequenas verdades
Verdades que fogem da arrogância dos intelectuais,
Que fogem da razão de seres sentimentalmente irracionais
Afinal, o que se acha capaz é sempre incapaz de aprender mais.

O viajante se pergunta porque caminhar, e sem saber porque,
Encontra a paz incondicional,
De caminhar e aprender que mesmo com passos cansados
Pode-se amar aquilo que faz.



Blog escrito e lido no Corujão da Poesia no Rio de Janeiro, na terça-feira dia 13/07/2010

As Sombras da Vida

As sombras de um sonho e um pesadelo com nome de vida
As sombras que a sociedade projeta sobre mim
Despertam-me e me assustam
Sentadas em volta da minha cama, prontas para me sufocar,
Tentando tatuar seus nomes em minha mente.

As pessoas tentam me enquadrar
Esperam que eu seja uma peça em seus jogos,
Mas de um simples peão, com um tom zombeteiro e arrogante,
Passo a ser jogador,
E da minha cama parte a primeira sombra.

A escuridão me atormenta
Pedindo que eu faça silêncio para as injustiças de seus senhores
Mas tendo conquistado o jogo, porque não a escuridão?
Abro os olhos dos que posso
E tiro do mundo a sombra do silêncio, que impede as revoluções

Sobram a minha volta 4 sombras
Que a sociedade pensa conhecer, manipular
Todas prontas para nos apunhalar,
Sombras que não hesitam em trapacear
Loucas para ver você cair, paa poder rir da sua desgraça

O ódio que incendeia seu coração, é a primeira e fria sombra
Ele espera que você guarde rancor do mundo
Que você pare, que ache que tudo é errado e imutável
Ele te corrói aos poucos
E a sua única arma é tentar entender,
Que nem em todas se pode vencer.

A desesperança transforma sonhos em pesadelos
Faz com que fiquemos parados, achando que pelo fato de outros não terem conseguido
Não conseguiremos pela vida passar
Então, se paramos, as conquistas por trás dos nossos sonhos se vão.
Mas há esperaça no coração dos vencedores, e isso, essa sombra não os pode tirar.

A penúltima sombra não possui nome e nem forma,
Ela pode ser as muitas ilusões que criamos
E pode ser o fracasso que odiamos ter de sofrer
É o resultado de todas as outras sombras
E é preciso simplesmente chorar para impedi-la de interceder em nosso mundo.

Mas ainda há um sombra;
O medo, que causa todas as dores
O medo de viver, de conhecer
De saber, de arriscar
De dizer, de perder
De amar, de fazer
O medo que nos impede de ser feliz
Pois nos prende no âmbar do tempo

O medo, depende apenas de nós para ser vencido
Temos de encará-lo, de vivenciá-lo
Temos que usar todas as outras vitórias
Dos prêmios das lutas contra as outras sombras
E assim encarar o último inimigo.

Após vencer as seis sombras que destroem o mundo
Vejo na minha cama um ser encapuzado
Não é ruim, mas também não é bom
Levanto-me e cumprimento-o, mas não pode ele me levar
Pois depois de todas as sombras enfrentar se aprende:
O último inimigo que há de ser aniquilado é a morte
Que jamais irá nos tocar
Se com força e vontadade soubermos perseverar
Vencer e ensinar a amar
Todas as sombras que vierem nos visitar


Poesia feita e lida no Corujão da Poesia, no Rio de Janeiro, na terça feira dia 20/07/2010

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Poema aos Amigos

Um Anjo que você conhece muito bem: seu melhor amigo.



Há tanta dor em um instante
Pessoas morrem, guerras acontecem
Crianças são abortadas
Pessoas sofrem pelos entes que o mundo engole.

O pranto é ouvido juntos aos risos
Enquanto a dor se desenvolve
A felicidade envolve as pessoas na rua
Afogando as dores por elas criadas

As pessoas se sentem abandonadas
Maltratadas, indomadas
Confusas vão na direção errada
Mas sentem-se abraçadas por algo que não compreendem

Em algum lugar das suas obscuras mentes
Sabem que existem pessoas que lutam por elas
Noite e Dia, que fazem a vida ter um sentido
Pessoas as vezes indiretas, que elas nem conhecem
mas pessoas que jamais as deixam sozinhas

O pranto de cada um
A incompreensão do sentido
O medo domando o coração dos perdidos
As palavras incoerentes com a realidade
São as coisas que passarão pelas vidas do que na terra habitam

Mas, em meio as incertezas, os amores e os amigos,
inesquecíveis, são decisivos
Impedem sua queda ao desconhecido,
Impedem você de sucumbir as peças do destino
E choram lágrima por lágrima sua, até que tudo esteja bem

Pois estão ali, quase que para cumprir o papel de anjos
A cuidar de você
Uns tão especiais, que são a ajuda que Deus nos envia em resposta as nossas preces
E as nossas ingratidões
Que muitas vezes descontamos nos que amamos

O mundo infestado de demônios
com os nomes de ódio, de fome, dor, raiva, ingratidão, incompreensão, abandono, homicídio e muitos outros
Nunca vai ser forte o suficiente pra te vencer
Se você se lembrar
Que vai ter sempre alguém com você,
Alguém que viverá a sua vida, as suas dores, e as suas felicidades. E que não vai se sentir completo, até que você tenha tudo que espera

Dedicado a Aiin, Ella, Leut e Erain

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A Dama-da-Vitória

Todos sentíamos o perigo se aproximando. O medo vinha em nossa direção e ele tinha forma física, força e poder. Era aterrorizador pensar que algo maligno iria arrasar séculos de história, de romances, de lutas. Era impossível entender como o inimigo era tão frio, tão insano. Era doloroso pensar que as pessoas que me criaram, as pessoas que cresceram comigo e as pessoas que eu amei poderiam não estar ao meu lado amanhã. Mas o mais difícil, era saber que não se podia fazer nada.
Olhei para a multidão... As pessoas todas reunidas, se abraçando, chorando, esperando a morte. Era horrível. A primeira catapulta foi acionada e um gigantesco meteoro destruiu uma casa a alguns metros de mim. As pessoas de dentro da casa morreram instantaneamente, mas o destino dos que estavam em volta foi pior. Pedaços de rocha incandescente as acertaram em cheio, causando desespero em meio a todos.
O pânico começou; gritos, choro, pessoas correndo. Ao longe, podia-se ouvir o barulho de flechas cortando a escuridão, espadas se cruzando. Por mais que houvesse defensores, o massacre aconteceria. Do lado de fora da fortaleza havia homens em proporção de 7/1, homens preparados. Homens que carregavam em suas bandeiras o símbolo de seu reino, um símbolo de tirania, de morte.
Desliguei-me de tudo isso. Pra mim, estava tudo acabado. Meus familiares foram mortos após o primeiro ataque.  Meus amigos estavam lutando na fortaleza e eu sabia muito bem que nenhum dos defensores seria deixado vivo. Minha casa, estava sendo destruida pela chuva de meteoros que caia na cidade.  Não havia nada que eu quisesse, que almejasse.
De repente, vi algo no chão que me surpreendeu. No chão, havia um lindo anel, todo de ouro "trançado" com uma pérola no topo. Aquele anel me transportou para um outro lugar, em um outro tempo.
Naquele tempo, não havia ataque. Não havia familiares mortos, nem amigos lutando. Havia apenas uma criança andando no cais após fugir de casa. A criança, com raiva, chutava as pedras que encontrava, até que cansado, se sentou no chão e desabou a chorar.
"Porque choras meu pequeno?" ouvi uma voz dizer. Não respondi, mas senti que a pessoa tinha se agachado e sentado ao meu lado. Resolvi responder, pra ver se ela me deixava em paz: "Não há sentido para nada. Não há sentido viver num lugar onde você não tem que lutar pela felicidade, onde fica tudo sempre na mesma". Achei que ela já fora embora e resolvi erguer a cabeça. Mas percebi que ao meu lado, uma mulher com uma capa de viajem, de pele clara e cabelos ruivos me fitava intensamente com dois belos olhos verdes. "Talvez você esteja reclamando por não estar feliz". Fiquei com raiva, é claro que eu estava feliz, era tão fácil ter alegria num lugar como Lo Porto Rojo. Ao dizer isso à ela ouvi em resposta: "Você diz que é fácil alcançar a felicidade. Mas será que é fácil transformar a felicidade e os dias de sua vida em algo intenso, algo inusitado?"
Comecei a ouvir a voz da minha mãe me chamando. Tentei continuar a conversa, mas quando voltei o olhar para a estranha moça, não a encontrei. Onde ela estava, havia um anel e um bilhete. Nele lia-se:
"Se todos partirem, se a noite na sua vida se tornar mais escura, se você achar que não tem mais sentido continuar, lembre-se: Aqueles que te amaram estarão sempre com você. Basta que você honre as memórias deles, não desista e reconstrua, de um jeito melhor, tudo aquilo que foi destruído."
Ela não me abandonara. A mulher que tantos anos antes me dera um incrível lição de vida estava ali, me ajudando novamente. Eu não sabia o que ela era, se era um anjo, uma deusa, uma amiga. Sabia apenas que não podia desistir de tudo.
Tomei uma decisão. Corri, corri, corri. Finalmente cheguei ao bosque. Dentro de um toco de madeira havia comida, roupas e uma mochila de viajem. A decisão era simples. Eu iria fugir, e iria reconstruir tudo. Eu voltaria a cidade, a reconstruiria. Eu dominaria o mundo e levaria paz a todos. Eu traria a felicidade que agora me tiravam. Eu iria fazer dos povos uma nação única, cheia de amor. Eu iria honrar aqueles que lutaram pra defender tudo que eu tinha enquanto eu me escondia. Eu iria lutar também, para honrar uma mulher que nunca me abandonara.

"Anos depois, Anjesnerim, a dama-da-vitória, era imperatriz do maior império que o mundo conheceria. Ela respeitou as religiões dos povos conquistados, ela deixara vivo todos aqueles que, nas mãos de outro dominador, teriam sido executados.. Ela fizera de tudo para facilitar a vida de todos. Após tudo isso, ela voltou a Porto Rojo, reconstruiu a cidade e fez dela a capital. Por mais que esse mundo não exista, a história da dama-da-vitória, é a história de parte minha vida. Por mais que eu não tenha dominado o mundo, quando estava tudo perdido, tomei uma decisão e resolvi lutar para ser uma pessoa melhor, para honrar as poucas pessoas que se preocupavam comigo. Hoje, tenho a minha felicidade, mas jamais irei parar de lutar. Espero que um dia, todos possam alcançar a felicidade que eu alcançei. E até que isso aconteça, jamais descansarei" - Eduüin.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A Chegada do Amor

Os humanos já foram tão frios. Eles viviam suas vidas, seguindo seus instintos, cedendo as suas necessidades. Nada mudava, tudo era sempre igual. Não havia conflitos, não havia dor. Mas não havia paz, nem felicidade. Porque não havia amor.
Os Anjos então sentiram compaixão. Eles tinham uma dádiva e sabiam que ela devia ser compartilhada. Carregavam algo divino, algo que movera a criação do universo. Eles tinham; o amor.
Então o Criador deu a um anjo o amor e o mandou a terra. Desse anjo ninguém sabe o verdadeiro nome. Muitos o chamam de cupido, mas ele nunca foi como a personificação que lhe deram. O cupido, o Anjo do Amor não tinha flechas.
A chegada desse anjo foi resplandecente. Os humanos o receberam e mudaram as suas vidas. Agora havia sentido, havia vontade, havia um caminho a se trilhar. Os seres humanos haviam sido abençoados e por onde o Anjo passava era bem recebido levando consigo alegria.
Havia porém um ser que não gostava disso tudo. O Anjo caído, Lúcifer, com raiva do amor se transformou em um demônio intangível e que traria lágrimas, instigando o coração dos homens. Lúcifer se transformou no ódio.
O Anjo do Amor se desesperou. Agora sua passagem era marcada por lágrimas. Os seres humanos se feriam e se agrediam e o amor não era compreendido. As pessoas perdiam seus amores, trocavam de amor, traíam seus amores, esqueciam-se de seus amores e cometiam todos os tipos de atrocidades contra seus semelhantes. E quanto mais isso acontecia, mais lágrimas eram derramadas.
O Anjo se retirou e se escondeu. E pouco a pouco o ódio foi crescendo. Mas o Anjo não desistiu. Movido por profunda misericórdia e cheio de sua própria essência dividiu-se e, do amor; surgiu uma  outra essência poderosa, um sentimento que o ódio tentava atingir, mas que não conseguia. O amor vinha direto do divino e mesmo que ele fosse mal-tratado não poderia ser vencido. A Amizade surgiu pura, sem maldade, e o amor pode voltar a passear no coração dos homens. Mas, a amizade sempre trazia uma lição: aonde o ódio usasse sua maldade contra o amor haveria lágrimas. Mas aqueles que continuassem lutando e amando conheceriam a amizade, que iria sempre repor os sorrisos onde fora deixado a tristeza, porque na verdade todos somos guiados pelo amor. E o que quase ninguém sabe é que a amizade e o amor, são na verdade, um só.

sábado, 3 de julho de 2010

A visita

Todos me conhecem. Todos um dia vão me receber, vão estar em meus braços. Não fui eu que assim o quis, cumpro apenas meu propósito. Mas não sou ruim, ao contrário do que muitos pensam. Sou necessária. Sou um guia para um novo caminho. Eu, sou a Morte.
Sempre que chego, chego como um anuncio de tristeza. Para os vivos. Chego sempre na hora, não me atraso nunca. Porém, os seres humanos tem a capacidade de me chamar mais cedo, para atender suas ganâncias, ou cumprir sua fraca justiça. Não percebem eles, que a justiça já sou eu e que não cabe a eles decidir. Mas o que muitos me dizem ao me receber é: deixe-me voltar, não estava na minha hora. Eu, calmamente olho pra eles e respondo: não cabe a você decidir. Você tinha algo a fazer e obrigações a cumprir. Se as fez ou não, teve seu tempo e ninguém pôde interferir em suas decisões. Agora eu, jamais me atraso.
Há alguns casos que são até engraçados. Eles me recebem com desejo, tentando me comprar. Oferecem dinheiro, jóias, uma vida, um amor. Dou-lhes um sorriso e eles me abraçam e, usando seu poder sedutor, tentam me beijar. Afasto-os então com toda delicadeza possível, carrego-os em meus braços, pois vejo que precisam de atenção especial e os levo ao julgamento. Em meus braços, se acalmam e se conformam, mas consigo sentir o peso de sua maldade na balança da justiça.
Os humanos me surpreendem. As ocasiões são sempre diferentes uma das outras e eu sempre consigo aprender um pouco mais. Mas, os que mais me impressionam, são aqueles que, quando eu chego, já estão me esperando. Eles então me cumprimentam e, antes de que eu possa conduzi-los, já estão seguindo caminho. São recebidos pelos meus irmãos angelicais e são levados diretamente ao criador. Não posso falar-lhes mais, mas também não fico de mãos vazias. Deles recebo amor, que devolvo ao mundo na tentativa de curar os erros que eu vejo em cada pequena alma. Esses, que não necessitam de mim, mas que não me desprezam e que partem em paz, sabem que por mais pequeno que alguém seja, ainda é importante.
Mas não se esqueça... por mais que você domine e vença o mundo, escreva seu nome na história, jamais poderá adiar a minha visita. E eu, posso estar bem atrás de você.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Um sonho quase real


"Meu anjo" eu a ouvi dizer. Eram as duas palavras mágicas. Quando eu as ouvia por aquela voz tão maravilhosa, me enchia de prazer e emoção. A história por traz desse carinhoso apelido era o que me fazia seguir em frente sempre. Era a história de um amor.
Agora, mais do que nunca, eu ouvia essas palavras quase que com uma devoção. Mas olhando aqueles olhos castanhos, senti medo. Procurando o conhecido sorriso naquele rosto, encontrei uma certa irritação. Era como se eu escutasse um trovão anunciando a tempestade. Porém, era uma tempestade diferente. Vi que haveriam estragos... talvez irreparáveis.
"Traição" foi o que eu ouvi. Uma rápida discussão, e meu mundo caiu. Eu havia cometido o pior dos pecados, tinha traído a confiança de quem eu mais amava. Balbuciando uma explicação sem sentindo e sem fundamento, recebi com força um tapa em meu rosto. Não foi a dor do tapa que me doeu. Mas nunca, nunca, o meu anjo havia me dado uma bofetada. Vi no meio daquela raiva, duas lágrimas brotarem naquele rosto. Vi, a terrível visão que pessoa alguma devia ver. O ser mais bonito, mais amável, chorando. Vi, um rosto tão lindo, marcado pelas lágrimas, causadas pela paixão a um homem de sentimentos frios.
"Porque?" ela perguntou. Pensei antes de responder. Não havia motivo. Eu não tinha necessidade. Eu era satisfeito com ela. Eu a amava realmente. Mas eu era um canalha. Era esse o motivo, eu era um canalha, mulherengo: um cafageste adúltero. Sem saber o que dizer, pedi perdão. Ela repetiu a pergunta, enquanto em seu rosto eu via a tristeza se misturar ao ódio. Ódio, algo que achei que nunca causaria alguém. Sem saber o que dizer respondi: "eu não sei". "Também não sei porque amo alguém como você ou porque ainda estou tentando te entender". Eu merecia. Era uma facada verdadeira que eu tomava em meu âmago.
Me vi cair, vi tudo que eu queria indo embora. O anjo do amor, que gentilmente me acolhera, agora era o anjo da justiça que me julgava verdadeiramente e sem piedade...
De repente acordei. Não havia traição, não havia anjo. Só havia eu e o medo de perder alguém tão especial que pudesse aparecer em minha vida. Não, não, depois de tudo eu não seria mais capaz de trair quem eu mais queria.

Romeu&Julieta

A história de Romeu&Julieta foi a tragédia mais célebre da história. Que mulher não ficaria encantado com a cortesia e a personalidade de Romeu? E que homem não se encantaria em ter alguém com a lealdade e a devoção de Julieta? Shakespeare, além de um ótimo escritor e poeta, recheou sua famosa história de lições de vida. Digo, àqueles que querem encontrar um amor como o de Romeu e Julieta, que se inspirem nele. Não digo para se matarem se o amor acabar. Mas digo para terem a mesma determinação em amar que os dois tiveram. Se cada um se empenhasse e se jogasse de cabeça no amor, aposto que metade das dores que chegam aos meus ouvidos diminuiriam. Ou melhor: se cada um vivesse como Romeu e Julieta, o mundo seria melhor. Eles se esforçaram ao máximo, cometeram erros, sim!, mas jamais desistiram... Principes encantados? é só encontrar alguém que te ame intensamente, como se fosse morrer amanhã. E se não aparecer: viva procurando um. Mas procurando com dignidade... com paciência e sempre com um sorriso no rosto. Menina perfeita? Simplesmente encontre uma que não olhe para você como se você fosse uma criança, ou como se quisesse saber até onde você pode leva-lá. Procure uma menina que olhe pra você como se olhasse para um homem, que te olhe como um ídolo.

O Medo

Esses dias tavam comentando comigo... "Eduüin, Eduüin... minha vida tá um inferno. Tudo que eu to fazendo tá dando errado, parece que meu mundo tá desmoronando." Eu, perguntando mais, querendo saber porque as coisas tavam desse jeito descobri que era um dos problemas que todo mundo tem: o amor. Conversei com ela, dei algumas idéias pra ela e ela ficou feliz da vida. Mas fiquei pensando no problema dela. O que mais tava impedindo ela de ser feliz era o medo. Muitas vezes as pessoas tem medo de arriscar, porque acham que não vai dar certo. Eu tenho quase vontade de dar nelas um tapa e perguntar "Mas, pelo amor de Deus, já tentou fazer?" , mas elas vem com a mesma resposta. Ele(a) nunca vai me querer(se for pro amor), tem alguém melhor que eu(se for um objetivo) e coisas idiotas desse tipo. Pare de pensar assim! Viva a expectativa desse medo. De saber que pode ser vencido, ou que pode sofrer, que pode se machucar. Pense também, que se você lutar, se esforçar, pode ter algo inimaginável, algo incrivelmente maravilhoso!! E mais, se você falhar ou se o seu amor não te querer, não pare pela dor. Lembre-se que tem algo pra você aprender com essa situação. Lembre-se também, que se não foi dessa vez, na próxima pode ser melhor. Mas jamais, jamais, deixe de lutar pelos seus objetivos ou sonhos.