domingo, 3 de julho de 2011

Maranata!

 
Foto tirada do site: http://maranatajesus-maranata.blogspot.com/2010_04_01_archive.html
 Olho pros dias de majestade que passaram.
Dias em que o filho de Deus veio a terra,
Dias em que a honra e o amor superabundaram no mundo.

Olho pros dias antigos em que a fé era a força de todo homem,
Em que a tecnologia era mais fraca que a imaginação humana,
Onde ela não aprisionava, mas ajudava.

Penso com nostalgia em algo que não vi.
Penso na contradição da saudade de uma coisa que não vivi
E creio na volta da glória!

Eu creio nos dias que virão,
Dias em que os homens conhecerão, por um pouco período,
O amor.

Eu creio em dias em que maravilhas povoarão a Terra,
Eu creio nas promessas daquele que É, que Era e que Será.
Sim, eu creio no Alfa e no Ômega, no Início e no Fim!
E quem poderá me provar que é falso, ou que minto?
Não foi pela glória dos homens que nasci, nem pela carne, nem pelo sangue.

Eis que os sonhos se concretizam!
Eis que é quebrado o jugo da solidão!
Maranata!
Vem Senhor!






terça-feira, 28 de junho de 2011

A prisão dos homens


De todas as armas, os sentimentos são a pior.
É pela alma que se escraviza o homem,
E a partir dela nascem os pensamentos.

Ah... Quão terríveis são as coisas que nascem no coração!
Quem dera se o amor fosse a força de todo homem!
Quem dera se em seu interior a força da carne não o consumisse!

Como seria bom se o homem não vivesse segundo a intenção do coração, mas segundo o Espírito!
Porque o diabo faz sua morada nos detalhes, e com eles abocanha o homem,
Astuto, nos tenta e sem Deus, como se pode resistir?

Eis o mundo, que sucumbe!
Como pode o homem dizer que a falta de Deus não faz diferença?
Eis ai o mundo, que jaz no maligno!

Há um só salvador, um só que queima a impureza da alma e da carne,
Que fortalece o Espírito, que mantêm aceso o amor,
Chama que consome!

Ai do mundo! 
Sucumbe no sexo e na maldade!
Eis que confunde o mal com o bem; sim! Não distingue a pureza da impureza!

Ai do mundo!
Tudo tão fácil! Tudo tão liberal!
Não percebe ele que a sua liberdade o aprisiona!

O homem se prende em seu próprio laço!
Diz que Deus o aprisiona, mas se prende em suas próprias maldades,
Não consegue libertar-se de si mesmo!

O homem está preso, sim, ele está.
A homens mais fortes que ele se prende,
A organismo maiores que ele.

Grande é o meu Deus que está acima de todas as coisas!
Grande é o Santo dos santos que alivia o cansado e o oprimido!
Vem Senhor! Apieda-Te desse mundo!
Vem Senhor! Tem compaixão de nós!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A grandeza do Senhor e a pequenez dos homens

Quem poderia avaliar como o mundo dá voltas?
Como se poderia contar a pequenez desse mundo tão grande?
Aonde se encontraria a sabedoria dos sábios e a grandeza dos grandes?
São como o pó; nascem no pó e para lá retornarão.

A ciência dos homens passa,
Se transforma com a certeza incerta que nós temos do tempo.
O que antes era certo ao sábio, hoje até mesmo ao louco parece loucura.
O que antes não era conhecido por ninguém, hoje torna-se óbvio para aqueles que nada sabem.

O que é o homem perto da imensidão da eternidade?
Seus dias passam.
Antes que os séculos se passem ao pó ele retorna.
E caso consiga ver com vida um século passar, o vê frágil e enfraquecido.

Em que pode se valer o homem?
Em seus amores que são tão passageiros como o vento que sopra?
Em seus familiares que também retornam ao pó?
Ou em suas amizades que são testadas pela força do tempo e da adversidade?

Bem-aventurado o homem que confia em Deus,
Já dizia o grande sábio Salomão: O temor do Senhor é o princípio da ciência.
Eis que o Senhor é eterno, sua sabedoria não passa, nem o tempo a consome.
Eis que os dias de muitos homens são para Ele como segundos a se passarem pelo sopro de sua boca.

Ai dos homens que se fiam em si mesmos!
Porque com a mesma prepotência com que subiram aos altos cumes para anunciarem suas sabedorias,
Assim também cairão,
Enfraquecidos pela força da humilhação que sofreram as suas exaltações!

Ai de nós, homens, pois vivemos no pó!
Bem-aventurados os que confiam no Senhor, pois herdarão a vida eterna!
Bem-aventurados os que nEle confiam, porque não conhecerão o ranger de dentes,
Mas viverão com carne perfeita todos os dias que suas atuais carnes não conseguem suportar!
Bem-aventurados são os servos do Deus altíssimo!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Aos que virão depois de nós (Bertolt Brecht)

I

Eu vivo em tempos sombrios.

Uma linguagem sem malícia é sinal

de estupidez,

uma testa sem rugas é sinal de indiferença.

Aquele que ainda ri é porque ainda não

recebeu a terrível notícia.



Que tempos são esses, quando

falar sobre flores é quase um crime.

Pois, significa silenciar sobre tanta injustiça?

Aquele que cruza tranqüilamente a rua

já está então inacessível aos amigos

que se encontram necessitados?



É verdade: eu ainda ganho o bastante para viver.

Mas, acreditem: é por acaso. Nado do que eu faço

Dá-me o direito de comer quando eu tenho fome.

Por acaso estou sendo poupado.

(Se a minha sorte me deixa estou perdido!)



Dizem-me: come e bebe!

Fica feliz por teres o que tens!

Mas como é que posso comer e beber,

se a comida que eu como, eu tiro de quem tem fome?

se o copo de água que eu bebo, faz falta a

quem tem sede?

Mas apesar disso, eu continuo comendo e bebendo.



Eu queria ser um sábio.



Nos livros antigos está escrito o que é a sabedoria:



Manter-se afastado dos problemas do mundo

e sem medo passar o tempo que se tem para

viver na terra;



Seguir seu caminho sem violência,

pagar o mal com o bem,

não satisfazer os desejos, mas esquecê-los.



Sabedoria é isso!

Mas eu não consigo agir assim.

É verdade, eu vivo em tempos sombrios!



II

Eu vim para a cidade no tempo da desordem,

quando a fome reinava.

Eu vim para o convívio dos homens no tempo

da revolta

e me revoltei ao lado deles.



Assim se passou o tempo

que me foi dado viver sobre a terra.

Eu comi o meu pão no meio das batalhas,

deitei-me entre os assassinos para dormir,



Fiz amor sem muita atenção

e não tive paciência com a natureza.

Assim se passou o tempo

que me foi dado viver sobre a terra.



III

Vocês, que vão emergir das ondas

em que nós perecemos, pensem,

quando falarem das nossas fraquezas,

nos tempos sombrios

de que vocês tiveram a sorte de escapar.



Nós existíamos através da luta de classes,

mudando mais seguidamente de países que de

sapatos, desesperados!

quando só havia injustiça e não havia revolta.



Nós sabemos:

o ódio contra a baixeza

também endurece os rostos!

A cólera contra a injustiça

faz a voz ficar rouca!



Infelizmente, nós,

que queríamos preparar o caminho para a

amizade,

não pudemos ser, nós mesmos, bons amigos.



Mas vocês, quando chegar o tempo

em que o homem seja amigo do homem,

pensem em nós

com um pouco de compreensão.

Vento de amor...

Blá, Blá, Blá e Blá.
Todas as palavras, as filosofias,
Nos palanques, na sua casa,
Enfim, em algum lugar, você vai se declarar
Vai se chamar de Poeta e se achar inspirado
E no final, como todo bom apaixonado, vai falar alguma besteira.
Porque vai descobrir que essa sua baboseira
E a sua busca por palavras temperadas com uma emoção redundante,
Te levam ao ponto: não se decreve o amor.
E agora, como expressará seus sentimentos se todas as suas palavras serão repetidas?
É simples, continue a falar.
Quem sabe um dia, quando o vento tocar os cabelos de alguém ela não sinta o calor de sua paixão?
Quem sabe ela não sinta a força das suas palavras?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Num outro tempo.

Oh, bela amizade!
Espero que quando fores a algum lugar,
E encontrar apenas chatas pessoas normais,
Lembre-se de mim, que de todos, sempre fui o mais louco.

Espero que quando lhe faltar luz,
Lembre-se do sorriso dos seus amigos, dos nossos amigos,
Dos momentos insensatos em alguma biblioteca vazia.
Das pessoas mais amadas que tentaram lhe fazer sorrir.

Quando sua alma se sentir vazia,
Leia esta poesia e pense: esse é o poeta meu amigo!
Sinta que eu amo você,
Que em algum canto eu me deleito em alegria por ter te conhecido.

Torço para que daqui a alguns anos, se as minhas memórias deixarem as tuas,
Ainda sobre uma hora de conversa marcada em teu coração,
Alguma conversa séria, de discussão, algo que te fez crescer,
Ou mesmo algo que te alegrou e que te fez pensar: Oh meu Deus, como é bom viver!

E nos momentos em que se olhar no espelho e sorrir,
Pense em pessoas que foram sua motivação para gargalhar,
E que eu esteja entre elas.

Porque, minha amiga, você foi sempre uma alegria para os que te cercavam,
E acredito que são poucos os que puderam te retribuir,
Mas sei que todos estão agradecidos por ter te conhecido.

No passar dos anos lembre-se dos que cresceram com você,
Do tempo que passou rápido, mas que ao invés de apagar o que era bom,
Apenas reforçou o que cada um tinha de melhor.
Lembre-se que sempre tem alguém querendo a sua felicidade,
E saiba que esse é um outro jeito de dizer,
Parabéns para você!


Dedicado a aniversáriante do dia e minha amiga, Maria Clara.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Nova Aurora

O mundo grita pelos novos tempos
E do mesmo jeito nossas almas clamam pelo despertar da nova aurora.
A aurora brilhante de um novo mundo

Porque ainda que o antigo tempo fosse bom,
Ele nos conduziu até o presente momento,
Onde, infelizmente, é difícil acreditar na paz.
Pelo nosso passado seremos condenados,
A um novo despertar.

Antes, estavamos acordando, abrindo nossos olhos.
Ignorando o acaso, ignorando a existência de inúmeros mundos invisíveis ao nosso redor
Descobrindo universos cheios de iguais a incríveis distâncias.

O mundo se desdobrou nesses universos,
A medida que uma nova era começava, uma era cheia de novidades,
Novos horizontes eram abertos, novas possibilidades, novas descobertas,
Que nossa alma inquieta, cheia de deleite, explorava,
Avida por saciar nossas curiosidades.

E durante quase 3 séculos foi assim,
E fomos felizes.

Mas o 'alimentar a alma' foi esquecido,
E o 'alimentar a carne' se tornou o importante
O conforto, o falso prazer, o sexo, o dinheiro,
Foi o que ficou como o mais importante

O auge dessa era é também o fim.
Porque nossa alma, antes avida,
Agora se cansou.
Pois o desenvolvimento e as descobertas chegaram a um novo patamar.
Nem o conforto, ou a explicação pros fenômenos visíveis,
Invísiveis e até sem finalidade que encontramos,
Podem agora nos saciar.

Aquilo que desde o início realmente nos preocupou,
Que durante um tempo não teve tanta importância,
Que enquanto o homem se tornava o centro de sua atenção foi esquecido
Ressurgiu agora com tudo, pois um novo medo se formou.

Talvez, com essas preocupações,
Aonde iremos parar? Onde o desenvolvimento nos levará?
Será esse o nosso fim?
Possamos olhar para aquilo que importa,
E voltar a alimentar a alma,
Começando assim uma nova Era Dourada